Neste trabalho, avaliou-se o crescimento e a partição de carboidratos em
plantas jovens de Sebastiania membranifolia em resposta ao alagamento. Sementes foram
germinadas em câmara tipo BOD a 25 °C, sobre papel germitest umedecido. As plântulas
foram aclimatadas durante 20 dias em sala de crescimento e, em seguida, transplantadas
para sacos de polipropileno, contendo substrato constituÃdo de areia, esterco bovino
e solo (1:1:1), e transferidas para casa de vegetação coberta com sombrite 50% de
sombreamento, onde permaneceram durante 40 dias. Ao final desse perÃodo, foram
estabelecidos três tratamentos: plantas não alagadas, com as raÃzes alagadas e totalmente
alagadas. O alagamento foi realizado, colocando os sacos contendo as plantas,
individualmente, em baldes com maior capacidade. As avaliações ocorreram com
intervalo de 12 dias por um perÃodo total de 36 dias, sendo utilizadas quatro repetições
para cada tratamento e perÃodo de avaliação. O número de folhas, ramificações, altura do
caule e massa seca das partes, aumentou linearmente nas plantas não alagadas ao longo
do perÃodo analisado. Nas plantas com as raÃzes alagadas, o mesmo incremento ocorreu
somente até o 24º dia e, para as totalmente alagadas, de maneira geral, não houve
crescimento significativo. Os teores de açúcares solúveis totais, redutores e amido foram
significativamente inferiores nas plantas totalmente alagadas, tanto nas folhas quanto
nas raÃzes, sendo que nas raÃzes também foi observada significativa redução nos teores
de amido para as plantas com as raÃzes alagadas, igualando-se, na ultima avaliação, aos
valores das plantas totalmente alagadas. Esses resultados sugerem que S. membranifolia
pode ser uma espécie promissora para a revegetação de áreas de depleção sujeitas Ã
inundação intermitente.
The aim of this study was to evaluate the growth and carbohydrate
partitioning in seedlings of Sebastiania membranifolia in response to flooding. Seeds
were germinated in BOD type chamber at 25 ºC, on moistened germitest paper. The
seedlings were acclimatized for 20 days in a growth chamber and then transplanted into
polypropylene bags containing substrate consisting of sand , manure and soil (1:1:1), and
transferred to a greenhouse protected with 50% shading for 40 days. At the end of this
period three treatments were established: control (well watered), root flooded and
completely flooded. The flooding was accomplished by placing the bags containing the
plants individually in buckets with greater capacity. The evaluations were conducted at
intervals of 12 days for a total period of 36 days, with four replicates for each treatment
and evaluation period. The number of leaves, branches, stem height and dry weight of
these parts, increased linearly in control plants over the period analyzed. For the flooded
roots treatment, these parameters increased only until the 24th day, and in completely
flooded plants, in general, this stress did not allow the growth of plants. The content of
total soluble sugars, reducing sugars and starch were significantly lower in completely
flooded plants, both in the leaves and in the roots. Root flooded plants had significant starch
reduction in the roots, with values of the last measurement equal to those observed in
completely flooded plants. These results suggest that S. membranifolia may be a promising
species for revegetation of depleted areas subject to intermittent flooding.