O presente artigo aborda as práticas sociais que envolvem as crianças negras e as produções de culturas infantis, por meio das pesquisas de Souza (2012; 2016), que se referem, respectivamente, às compreensões de infâncias de crianças negras, por professoras de educação infantil, e produção de culturas infantis em um terreiro de candomblé. Lança um convite para a reflexão sobre as compreensões plurais de infâncias, visando trazer aportes para a construção de pedagogias descolonizadoras, destacando os conceitos de ancestralidade, corporalidade e oralidade; afim de que colaborem para a equidade na educação infantil e inspirem novas políticas públicas de superação do racismo e distorções que transformam diferenças em desigualdades.
This paper approaches the social practices related to black children and production of children culture. Our theoretical framework draws on Souza (2012 and 2016) which refer, respectively, to how elementary school teachers interpret black children childhood as well as production of children culture in a candomble ground. It calls for reflection on the plurality of perceptions of childhood aiming at bringing contributions for development of decolonizing pedagogies. Concepts of ancestrality, corporality and orality are highlighted in order to give support to the equity in children’s education and inspire new public policies on racism overcoming as well as any distortions that turn differences into inequalities