A CRISE ECONÔMICA BRASILEIRA E SEUS EFEITOS SOBRE O EMPREGO FORMAL: UMA DECOMPOSIÇÃO SHIFT-SHARE ESTOCÁSTICA

Revista Orbis Latina

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ISSN: 2237-6976
Editor Chefe: Prof. Dr. Gilson Batista de Oliveira
Início Publicação: 01/12/2011
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

A CRISE ECONÔMICA BRASILEIRA E SEUS EFEITOS SOBRE O EMPREGO FORMAL: UMA DECOMPOSIÇÃO SHIFT-SHARE ESTOCÁSTICA

Ano: 2020 | Volume: 10 | Número: 1
Autores: Taíse Fátima Mattei, Marina Silva da Cunha
Autor Correspondente: Taíse Fátima Mattei | [email protected]

Palavras-chave: Crise econômica, Emprego, Regiões brasileiras, Setores econômicos, Shift-Share

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O Brasil vivenciou a mais recente crise econômica iniciada em 2014, cujos efeitos se espalharam para a economia e atingiram fortemente o mercado de trabalho. Diante disso, esse trabalho procurou preencher a lacuna na literatura e analisar a evolução do emprego formal antes e durante da crise e decompor as variações do fluxo de emprego das regiões brasileiras e setores econômicos usando o método Shift-Share estocástico. Para isso, foram utilizados os dados do emprego da RAIS, no período de 2010 a 2016, divididos em duas análises: 2010 a 2013 e 2013 a 2016. Os resultados da decomposição regional do emprego mostraram forte dependência das regiões brasileiras às políticas nacionais, sobretudo no período de 2010 a 2013, e problemas estruturais regionais. Por sua vez, os resultados da decomposição setorial revelaram que, de 2010 a 2013, os setores que apresentaram as maiores taxas de crescimento do emprego foram extrativismo mineral, serviços, e construção civil. O efeito regional foi positivo para esses setores sendo mais expressivo para o primeiro, mas o efeito setorial negativo para todos os setores indicou que estes possuíam uma estrutura desfavorável no período. De modo geral, o bom desempenho da economia nacional nesse período permitiu que alguns setores crescessem. De 2013 a 2016, por outro lado, os setores de extrativismo mineral e construção civil apresentaram as maiores perdas de emprego e o efeito setorial positivo impediu que os efeitos negativos da economia nacional afetassem de maneira mais intensa alguns segmentos da economia.