O texto analisa aspectos genéricos da macro-política contemporânea da União Europeia frente ao que foi denominado de “crise imigratória”, dos últimos anos, exacerbada pelo conflito bélico na Síria; demonstra que a questão da imigração está no centro do debate político, das decisões de cisão no interior do Bloco Comunitário, bem como nos conflitos e redefinições de fronteiras nacionais. Busca-se, também, dar ênfase aos dados sobre o fenômeno imigratório internacional atual, em particular, no cenário europeu; conclui-se que a imigração na União Europeia é um fato social totalizante, é entendida como emergência e temor, produz tensões e conflitos, faz emergir com grande intensidade separações e nacionalismos, bem como agremiações políticas anti-europeias e euro-céticas, acordos multilaterais e incapacidade de integração e gerenciamento social.