Este artigo tem como principal objetivo discutir se a economia brasileira tem instrumentos para fazer frente a uma crise de envergadura mundial. Na primeira parte, são retomados os aspectos mais relevantes do funcionamento do capitalismo das últimas décadas, com ênfase no papel desempenhado pelo capital fictÃcio, e são lembrados os desdobramentos da crise no momento atual. Na segunda e terceira partes, dedicadas ao Brasil, são descritas as polÃticas anticÃclicas realizadas pelo governo brasileiro em 2009 e discutido até que ponto o Brasil pode fazer frente, isoladamente, a uma nova retração da demanda e da liquidez mundial. Entre outros aspectos, é dada especial atenção à exposição da economia ao movimento dos capitais, com seus desdobramentos, tanto no câmbio, como no balanço de pagamentos e nas finanças das empresas.