O trabalho se propõe analisar os impactos que uma crise social extrema pode ter sobre a construção identitária e nas condições psÃquicas dos cidadãos. Procurou-se identificar quais foram os dinamismos psÃquicos e sociais que tiveram relevância para enfrentar o perigo, ultrapassar a crise e, ao final dos combates, nas recomposições de suas vidas. O LÃbano foi escolhido, por ter sido cenário de uma longa guerra inter-étnica, onde o povo Druzo esteve no centro das confrontações. Para conhecer esta realidade foram realizadas treze histórias de vida. A análise do material recolhido mostra o papel da memória coletiva e do discurso étnico como propiciadores da coesão grupal. A idealização e as crenças através de suas ideologias, serviram como garantia de sentido na mediação do vivido catastrófico.