É possível considerar a poesia como um ato político de resistência? Seria a poesia, ela própria, um canal de imanente insubordinação? Tais questões nos levam a pensar, neste artigo, em um dos aspectos fulcrais da poesia de Max Martins: a abertura para uma postura crítica do poético. Assim, busca-se refletir sobre certo predicado de resistência que habita o pensamento do poeta paraense, nas faces constituintes de uma transgressão particular vinculada às acepções de metalinguagem, erotismo, visualidade e misticismo que encontramos em sua poesia. Neste percurso interpretativo, apoiamo-nos nos textos de Bosi (1977), Nunes (1992), Siscar (2010) e Barthes (2013), a fim de trazer à luz as crises, os desejos e as formas que conduziram Max Martins, da modernidade ao pensamento contemporâneo, às potências dos atravessamentos poéticos.
Can poetry, by definition, be thought of as a political act of resistance? Was poetry, itself, a channel of immanent insubordination? These questions lead us to the consideration of one of the main aspects of Max Martins’s poestry: the opening of poestry to a critical position of the poetic thought. Thus, the present essay aims to refl ect on a certain predicate of resistance that inhabits Max Martin’s poetic intellect, in the constituent facets of a particular kind of transgression connected to the notions of metalanguage, eroticism, visuality and mystic, found in his poetry. path, In order to bring light to the crises, desires and forms that helped build the poetic power of Max Martins, from modernity to contemporary thought the critical texts by Bosi (1977), Nunes (1992), Siscar (2010) and Barthes (2013), are used to support the considerations proposed in this article.