A crueldade e o erotismo sacroprofanos na trilogia da depressão de Lars von Trier

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ISSN: 1807-8583
Editor Chefe: Basílio Sartor / Suely Fragoso
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Comunicação

A crueldade e o erotismo sacroprofanos na trilogia da depressão de Lars von Trier

Ano: 2020 | Volume: 0 | Número: 50
Autores: Leda Tenório da Motta, Marcelo dos Santos Matos
Autor Correspondente: Leda Tenório da Motta | [email protected]

Palavras-chave: Lars von Trier, Sacroprofano, Crueldade, Erotismo, Cinema

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho tem como objeto de estudo a Trilogia da Depressão do cineasta dinamarquês Lars von Trier. A trilogia é composta pelos filmes Anticristo (Antichrist, 2009), Melancolia (Melancholia, 2011) e Ninfomaníaca (Nymphomaniac, 2013). Mais especificamente, elege para análise três aspectos recorrentes do referido corpus: a função do prólogo, a comunhão das personagens com a natureza e a violência das relações. O referencial teórico alinha autores responsáveis por reflexões clássicas sobre o sagrado, a crueldade e o erotismo que são Mircea Eliade (2010), Antonin Artaud (2006) e Georges Bataille (2014). A intenção é realizar uma leitura à luz do conceito elidiano de Sacroprofano. O mesmo suspende a diferença que separa as missas negras da fé, assim, com os amálgamas do paradoxo, o sacroprofano se sustenta na linha tênue entre os interditos e transgressões, entre o contínuo e o descontínuo e na epifania da imagem.



Resumo Inglês:

In this study, the Depression Trilogy by Danish filmmaker Lars von Trier was analyzed. This trilogy is composed of the movies Anticristo (Antichrist, 2009), Melancolia (Melancholia, 2011) and Ninfomaníaca (Nymphomaniac, 2013). More specifically, three aspects are analyzed in this corpus: the prologue role, the communion of the characters with nature, and the violence of the relationships. Hypothetically, some classical reflections concerning the sacred, the cruelty and the eroticism made by Mircea Eliade (2010), Antonin Artaud (2006) and Georges Bataille (2014) are lined up in order to be read under the elidian concept of Sacred-profane. This concept also suspends the difference that separates the black masses from the faith, thus, with the amalgams of paradox, sacred-profane is sustained in the fine line between interdictions and transgressions, between continuous and discontinuous, and in the epiphany of the image.