O objetivo deste ensaio foi de apresentar as interseções entre a teoria de Paulo Freire e a Reforma Psiquiátrica brasileira, bem como sua aplicabilidade na estruturação de um trabalho clínico, que dê sustentabilidade aos preceitos desse movimento reformista. Fazemos ao longo do texto, um questionamento a respeito da operacionalização do cuidado em saúde, pautado na produção de liberdade, contraposto ao risco da execução de uma reforma superficial que não se diferencie subjetivamente da posição opressiva de segregação manicomial. Discutimos sobre a reorientação da atenção em saúde mental ancorada nos eixos da qualidade e humanização da assistência, bem como nas relações contratuais que se dão entre os trabalhadores e os usuários, adotando como referencial teórico, alguns aspectos práticos e conceituais da teoria Freireana.
The objective of this essay was to present the intersections between Paulo Freire ‘s theory and the Brazilian Psychiatric Reform, as well as its applicability in the structuring of a clinical work, which gives sustainability to the precepts of this reformist movement. Throughout the text we make a question about the operationalization of health care, based on the production of freedom, as opposed to the risk of performing a superficial reform that does not differ subjectively from the oppressive position of asylum segregation. We discuss the reorientation of attention in mental health anchored in the axes of the quality and humanization of care, as well as in the contractual relations between workers and users, adopting as theoretical reference, some practical and conceptual aspects of the Freirean theory.
El objetivo de este ensayo fue presentar las intersecciones entre la teoría de Paulo Freire y la Reforma Psiquiátrica brasileña, así como su aplicabilidad en la estructuración de un trabajo clínico, que dé sustentabilidad a los preceptos de ese movimiento reformista. En el texto, un cuestionamiento acerca de la operacionalización del cuidado en salud, pautado en la producción de libertad, contrapuesto al riesgo de la ejecución de una reforma superficial que no se diferencie subjetivamente de la posición opresiva de segregación manicomial. Discutimos sobre la reorientación de la atención en salud mental anclada en los ejes de la calidad y humanización de la asistencia, así como en las relaciones contractuales que se dan entre los trabajadores y los usuarios, adoptando como referencial teórico, algunos aspectos prácticos y conceptuales de la teoría Freireana.