Embora a suplementação de fitoquÃmicos, fitoterápicos e nutrientes seja amplamente utilizada nos pacientes com câncer, as orientações acerca do tema ainda são vagas e inconclusivas. Estudos demonstram que diversos compostos podem influenciar no tratamento do câncer, tanto de forma positiva quanto de forma negativa. De modo geral, os fitoquÃmicos e, principalmente, os fitoterápicos são os que merecem maior atenção, já que frequentemente interferem no metabolismo das drogas anticâncer. Em relação aos nutrientes antioxidantes, não existem evidências suficientes que suportem a afirmativa de que a suplementação dos mesmos inibe os efeitos dos tratamentos convencionais; no entanto, os estudos em humanos já publicados utilizam metodologias bastante diferentes e apresentam resultados contraditórios, o que impede uma conclusão definitiva acerca do tema. Quanto à suplementação de ácidos graxos ômega-3, cuidados devem ser tomados em relação à dose utilizada, já que doses elevadas podem gerar efeitos
indesejáveis. Sugere-se cautela na utilização de ácido fólico, l-glutamina e l-arginina, uma vez que podem apresentar um efeito promotor do tumor. Ainda que existam algumas considerações sobre o tema, o efeito da suplementação durante o tratamento do câncer vai depender da individualidade bioquÃmica de cada paciente, do metabolismo da célula neoplásica, da farmacocinética e farmacodinâmica da droga utilizada e, ainda, da ação do suplemento no organismo, sendo necessários, portanto, mais estudos a fim de elucidar os reais efeitos dessas interações.
Although supplementation of phytochemicals, phytotherapics and nutrients is widely used in cancer patients,the guidelines about the subject are vague and inconclusive. Studies demonstrate that several compounds may affect cancer treatment, either positively or negatively. In general, phytochemicals and mainly phytotherapics are those that deserve more attention as they often interfere with the metabolism of anticancer drugs. Regarding the antioxidant nutrients, there is insufficient evidence to support the assertion that supplementation of these inhibits the effects of conventional treatments - except when used isolated and in high doses. For supplementation of omega-3 fatty acids, care must be taken in relation to the dose to be used, since high doses can produce undesirable effects. There might be caution in the use of folic acid, l-glutamine and l-arginine, once studies are scarce and uncertain.
While there are some considerations on the subject, the effect of supplementation during cancer treatment will depend on the biochemical individuality of each patient, the neoplastic cell metabolism, pharmacokinetics and pharmacodynamics of the drugs and also the supplement action in the organism; therefore, further studies are needed to elucidate the real effects of these interactions.