O objetivo principal deste artigo, centra-se na socialização do relato de experiência em que buscamos transdisciplinar o Ensino de História da Cultura Africana e Afro-brasileira, nas aulas de História ministradas no Ensino Médio a partir da reflexão e do diálogo estabelecido entre o conteúdo em questão e a obra literária Diário de Bitita. Cujo foco principal, refere-se à articulação das Leis 10.639/03 e 11.645/08, estabelecidas por meio de políticas afirmativas conquistadas pelas constantes lutas empreendidas pelos Movimentos Negros em favor da descolonização dos Currículos e reconhecimento da relevância dos negros e de sua cultura na construção histórica do Brasil. Deste modo, mantivemos o diálogo entre a História, a Literatura e a Memória, buscando evidenciar fatos do cotidiano da autora Maria Carolina de Jesus, uma mulher, negra e pobre, que desenvolveu sua trajetória de vida conseguindo superar os infortúnios impostos aos negros pelos discursos e ações eurocêntricas da sociedade elitista do Brasil Colonial até os primórdios do século XXI.