Neste artigo buscamos analisar aspectos da defesa da tradição cultural nordestina le-
vada a cabo no Manifesto regionalista, escrito por Gilberto Freyre em 1926. O texto de
Freyre se insere no debate sociocultural do campo intelectual de então, por meio de
uma intervenção destacada nas discussões sobre o modernismo. Buscamos também
explicitar como o Manifesto opera, em certa medida, um resgate do passado rural co-
lonial, desenvolvendo naquele momento um confronto entre tradição e modernidade,
compondo, dessa forma, uma estratégia relativamente conservadora de interpretação
das transformações sociais.