Este estudo parte de um projeto de dissertação de mestrado e tem por
objetivo centrar olhares e percepções para as culturas infantis nas
interações sociais que bebês, de um ano e meio a dois anos e meio,
estabelecem entre si em uma Escola Municipal de Educação Infantil. A
tentativa é de compreender as múltiplas linguagens que esses bebês
utilizam nas suas interações para constituir suas dinâmicas de
sociabilidade, e suas culturas da infância, concebidas como formas
singulares de significação e apreensão do mundo, as quais as crianças
criam e compartilham nos seus grupos de pares. Para tanto, busquei
traçar algumas reflexões acerca do lugar social que os bebês ocupam, e
realizar um breve levantamento de alguns grupos de pesquisa no Brasil
que vem se destacando em pesquisar crianças com idade entre zero e
três anos. O referencial teórico que subsidia esta investigação é o da
Sociologia da Infância em diálogo com outros campos teóricos que
também consideram a agência das crianças pequenas nas dinâmicas de
sociabilidade.