Curadoria e colonialismo estão estreitamente inter-relacionados. Pode-se definir como
uma tendência que provém da necessidade de se apropriar, proteger e guardar; no
entanto resultou em furto, deformação e isolamento do patrimônio de populações
contemporâneas, como sugerido pelo caso da América Latina e do Oriente Próximo.
Neste artigo estudamos como o colonialismo moldou historicamente a tutela de
museus em oposição a distintas práticas de patrimônio. Episódios selecionados de
curadoria são aqui utilizados para ilustrar a duplicidade desta prática; um
empreendimento tanto polÃtico quanto pseudocientÃfico, onde curadores não são meros
mediadores entre passado e presente, mas, sim, bases dos interesses polÃticos de seus
patrocinadores do governo.
Stewardship and colonialism are tightly interrelated. It can be defined as a tendency
that stemmed out of the need to appropriate, protect, and guard; it nonetheless
resulted in the abduction, deformation, and isolation of heritage from the living
populations, as suggested by Latin American and Near Eastern cases. In this paper, we
study how colonialism has historically shaped museum stewardship against distinct
heritage backgrounds. Selected episodes of stewardship are here used illustrating the
twofold background of stewardship; both political and pseudo-scientific enterprise,
where stewards, are not mere mediators between past and present, rather pivots of
their governmental sponsors’ political interests.
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