Da Casa Verde à sucursal do inferno: O Alienista e o mito da reabilitação

Revista Avant

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ISSN: 2526-9879
Editor Chefe: Christian Souza Pioner e Milena Ovídio Valoura
Início Publicação: 16/03/2017
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Direito

Da Casa Verde à sucursal do inferno: O Alienista e o mito da reabilitação

Ano: 2019 | Volume: 3 | Número: 1
Autores: Higor Alexandre Alves de Araujo
Autor Correspondente: Higor Alexandre Alves de Araujo | [email protected]

Palavras-chave: Reabilitação, O Alienista, Ficção jurídica, Mito, Cárcere

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo trata sobre a questão penitenciária, e questiona o seu principal discurso de legitimação: a reabilitação. Por meio da aproximação entre a ficção literária da novela O Alienista, de Machado de Assis, e das teorias de Michel Foucault e de Erving Goffman, e da dedução lógica e ontológica, busca-se demonstrar que a reabilitação é um mito e irrealizável. O discurso é mantido por diversas utilidades, inclusive econômicas. Assim, chega-se à conclusão de que o mito da reabilitação é amoldado às práticas penitenciárias — de forma semelhante ao que acontece na novela machadiana. Ao final, confirma-se que a novela é uma metonímia do Brasil e de sua questão penitenciária.



Resumo Inglês:

This paper regards of the penitentiary issue, and questions its main legitimation argument: the rehabilitation. Through an approach between literary fiction of the novella ‘O Alienista’, by Machado de Assis, and Michel Foucault and Erving Goffman’s theories, and through the logical and ontological deduction, the aim is to demonstrate that rehabilitation is a myth and an unachievable point. Thus, the conclusion is that the myth of rehabilitation is molded to the penitentiary praxis — in a similar way to what happens in Machado’s novella. In the end, the novella is confirmed to be a metonymy of Brazil and its penitentiary issue.