Dadas a permeabilidade e a diluição das fronteiras
decorrentes da difusão tecnológica e comunicacional das últimas
décadas, passamos do conceito de Cibercidade – como local de todos
os que habitam os meios com os quais interagem –, para um conceito
em que não há distância que permita circunscrever separadamente Eu
e Cidade, pois o processo de explosão semântica e conceitual da idéia
de cidade é correlato ao de descentralização e fragmentação da noção
de eu. Os lugares, antes geométricos de competência euclidiana,
tornaram-se lugares topológicos, exigindo, a cada vez e a cada situs,
consideração e análise apropriadas, pois não há (mais) distinção entre
a rede que a Pessoa é e o espaço forjado à medida das transformações
que o compõem.