O presente trabalho tem por objetivo analisar o surgimento da influência de Leonel de Moura Brizola na política de Chapecó/SC entre 1950 e 1965. Neste sentido, este artigo aborda o período compreendido entre o surgimento do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e sua atuação conciliadora ao longo da década de 1950, até o crescimento da influência de Brizola em nível nacional enquanto um dos símbolos da resistência política através da “Campanha da Legalidade” e a criação do “Grupo dos Onze Companheiros”. A violência – física ou simbólica – é o fio condutor desta narrativa, argumentando como a história política local foi permeada pela perseguição aos grupos trabalhistas – também considerados “comunistas” por parte de grupos conservadores. Se em 1950 a influência conciliadora de Getúlio Vargas (pós-Estado Novo) ou de Alberto Pasqualini forneceu a linha do partido, ao final daquela década, uma nova geração de jovens na região Oeste de Santa Catarina adentrou na vida política tendo Brizola – e seus “admiráveis discursos”, que alcançavam a região através da rádio – como referência.
It aims to discuss the rising influence of Leonel de Moura Brizola over the Labor Party (PTB) in Chapecó, Santa Catarina, between 1950 and 1965. In this perspective, this article discusses the political process since the party’s early conciliatory position during 1950s until the rising of Brizola’s as a symbol of political resistance in the national level through the “Campanha da Legalidade” and the creation of the “Grupo dos Onze Companheiros”. The symbolic and physical violence is the central argument of the narrative, demonstrating this persecution to the trabalhistas in the local political history. If Pasqualini or Getúlio Vargas’ conciliatory influence (in 1950, post-Estado Novo) provided the main ideal for the PTB, at the end of that decade, a new generation of young politicians was created in the Western of Santa Catarina, following Leonel Brizola as a leader – having his radio speeches as the main political reference.