Da curadoria de artista a alguma outra coisa

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ISSN: 2526-1789
Editor Chefe: Gilbertto Prado
Início Publicação: 11/10/2016
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Arquitetura e urbanismo

Da curadoria de artista a alguma outra coisa

Ano: 2019 | Volume: 4 | Número: 2
Autores: L. Bambozzi
Autor Correspondente: L. Bambozzi | [email protected]

Palavras-chave: Curadoria em novos meios, Artista etcétera, Artista-curador, Espaços autogeridos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O texto especula a permeabilidade entre práticas artísticas e curatoriais, a partir de uma série de projetos que poderiam ser entendidos como propostas ambivalentes, cruzando o terreno entre essas atividades. Se um artista pode ser um curador, que escolhas essa condição ambígua determina? A serviço de que decisões e situações, para além da própria carreira, pode-se operar essa prática? Trata-se de um relato em primeira pessoa que se lança sobre as perspectivas reais de entendimento de possíveis tipologias da curadoria associada ao campo das artes e mídias. O texto aborda pensamos de críticos como Claire Bishop, Elena Filipovic, Hal Foster, Hans Ulrich Obrist e outros, em pensamentos que buscaram expandir o campo de atuação de artistas em relação a práticas curatoriais. Considerando um grande número de artistas atuantes nas confluências desse campo no Brasil, como os brasileiros Graziela Kunsch, Giselle Beiguelman, Fernando Velazquez, Marcus Bastos, Roberto Traplev, Kika Nicolela, Bruno Mendonça, Sonia Guggisberger, Claudio Bueno, Gabriel Menotti ou Daniel Lima, o texto enseja um novo ambiente para essas práticas, que envolvem novas configurações de espaços do tipo artist-run spaces (espaços autogeridos) ou exposições preparadas exclusivamente por artistas. Sem afirmar dogmas, arriscar genealogias ou pre-definir terrenos de atuação, o texto resvala pensamentos associados à frase “Não sabendo que era impossível, foi lá e fez”, como o devaneio de um curador que acabou sendo sem saber que era ou podia ser. 



Resumo Inglês:

The text speculates on the permeability between artistic and curatorial practices, based on a series of projects that could be understood as ambivalent proposals, crossing the fields between these activities. If an artist can be a curator, what this ambiguous condition establishes? At which decisions and situations, beyond one’s own career, this practice might operate and serve? This is a first-person report that inquires on actual perspectives of understanding possible types of curationship, including the media arts field. The text approaches thoughts of art critics such as Claire Bishop, Elena Filipovic, Hal Foster, Hans Ulrich Obrist and others, in considerations that sought to expand the field of artists acting in curatorial practices. Considering a large number of artists acting around this field confluences in Brazil, such as the Brazilians Graziela Kunsch, Giselle Beiguelman, Fernando Velázquez, Marcus Bastos, Roberto Traplev, Kika Nicolela, Bruno Mendonça, Sonia Guggisberger, Claudio Bueno, Gabriel Menotti or Daniel Lima, the article expects a new environment for these practices, which involves new models of artist-run spaces or exhibitions conceived exclusively by artists. By refusing dogmas, genealogies or pre-defining fields of actions, the text plays with the phrase “They did not know it was impossible, so they did it” like the reverie of a curator who ended up being so, unaware that he could be or was already being.