Da esperança equilibrista à sujeira para todo lado: um passeio por canções de engajamento político - MPB e BRock (1970-1987)

Artcultura

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ISSN: 2178-3845
Editor Chefe: Adalberto Paranhos e Kátia Rodrigues Paranhos
Início Publicação: 28/02/1999
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

Da esperança equilibrista à sujeira para todo lado: um passeio por canções de engajamento político - MPB e BRock (1970-1987)

Ano: 2017 | Volume: 19 | Número: 35
Autores: Fernando Muratori Costa
Autor Correspondente: Fernando Muratori Costa | [email protected]

Palavras-chave: Rock nacional; MPB; crítica.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho focaliza três canções polí-tica e socialmente engajadas do rock na-cional dos anos 1980: “Que país é esse”, da Legião Urbana, “Inútil”, do Ultraje a Rigor, e “Selvagem”, dos Paralamas do Sucesso. Num momento em que a censura não mais vivia seus dias de “áureos”, elas trazem uma linguagem explícita e feroz – debochada, ainda, no caso da segunda – para denunciar os problemas enfrentados pelo Brasil, que se tornaram muito claros após o fim da ditadura civil-militar. analisei ainda, como traço comparativo, três canções social e politicamente engajadas do período ditatorial em questão – “Que as crianças cantem livres”, de Taiguara, “Apesar de você”, de Chico Buarque, e “O bêbado e a equilibrista”, de João Bosco e aldir Blanc, na versão de Elis regina. o principal foco do estudo comparativo entre as três últimas e as três primeiras é a ideia de horizonte de expectativa e espaço de experiência, sobretudo em relação à projeção de futuro dos dois grupos. a MPB acena com um futuro redentor de um presen-te corrompido, enquanto o rock já está “no futuro” e grita que ele não é nem de longe o que se prometeu.



Resumo Inglês:

This article focuses on three politically and socially engaged songs from1980s’Brazilian national rock: “Que país é esse”, by Legião Urbana, “Inútil”, by Ultraje a Rigor, and “Selvagem”, by Paralamas do Sucesso. Theseare three songs which, as censorship was already (almost) dead, resort to an explicit and fierce language –and also mockery, in the second case– to expose the problems Brazil faced, which became crys-tal clear after the civil-military dictatorship ended. For comparison, I also analyse three socially and politically engaged songs dating back from the same dictatorial period–“Que as crianças cantem livres”, by Taiguara, “Apesar de você”, by Chico Buarque, and “O bêbado e a equilibrista”, by João Bosco and Aldir Blanc, sung by Elis Regina. The comparison between the three former and the three latter hinges mainlyon the idea of horizon of expectation and space of experience, particularly as to the idea of future in both groups. While MPB shows a future that redeems from a corrupted present, rock n roll is already in “the future” and yells that it is not even close to what was promised.