O acesso ao ensino superior no Brasil possuía até o começo dos anos 2000 diversas barreiras consideradas intransponíveis para a população de baixa renda. O investimento para a expansão das instituições de ensino superior públicas era insuficiente. As discussões sobre como promover o acesso e a permanência passavam, invariavelmente, pela elaboração de uma política pública que fosse feita em parceria com o setor privado. Em 2004 o Ministério da Educação formulou o Programa Universidade para Todos (ProUni), um programa onde seriam contemplados estudantes de baixa renda, negros, indígenas e professores da educação básica. Ao longo do debate no Congresso, os mantenedores das instituições de ensino superior privadas foram os atores mais participativos e promoveram diversas mudanças no desenho inicial da política pública. Apesar disso, após 15 anos de existência, o artigo mostra que o programa apresenta resultados exitosos em termos do acesso e permanência do público alvo.
The access to higher education in Brazil until the early 2000s had several barriers considered insurmountable for the low-income population. Investment for the expansion of public higher education institutions was insufficient. Discussions on how to promote access and permanence invariably involved the elaboration of a public policy that was carried out in partnership with the private sector. In 2004 the Ministry of Education formulated the University for All Program (ProUni), a program that would include low-income students, blacks, indigenous people and teachers of basic education. Throughout the debate in Congress, the supporters of private higher education institutions were the most participatory actors and promoted several changes in the initial design of public policy. Despite this, after 15 years of existence, the article shows that the program presents successful results in terms of access and permanence of the target audience.