Em diálogo com os estudos éticos de Michel Foucault, este texto trata de problematizar, sob uma dada conjuntura, a experimentação cinematográfica em relação a uma atividade a qual, para além do exercício cinéfilo de tomada de atitude com o cinema por si só, possa ser pensada como impulsionadora de um exercício do sujeito para consigo mesmo. A diagonal traçada da cinefilia nessa direção é tensionada por meio dos últimos estudos de Foucault especialmente na órbita das relações entre sujeito, verdade e práticas de si: de onde se recolhe elementos para discutir, diante do gesto e da composição de práticas concretas e da experiência narrada por “amantes do cinema” (dentre os quais figuram homens e mulheres de diferentes idades e formação variada) sobre as possibilidades de constituição ética e estética, então ocasionadas.