Este artigo defende a tese de que a passagem da metafísica dogmática à transcendental pela Crítica da razão pura de Kant, paralelaànecessidade de delinear os contornos dos limites epistêmicos do sujeitocognoscente, faz que a própria filosofia transcendental possa ser compreendida como certa metafísica pós-metafísica. Esta mudança metodológica é o que permite a Kant tematizar a ideia de Deus como uma máxima lógicaexigida pela constituição interna da subjetividade transcendental; o argumento não é suficiente para garantirseja uma prova da existênciade Deus, seja do contrário, mas certamenteestabeleceesta ideia da razãocomo condição metafísicaineliminável de todo o conhecimento possível.
This article defends the thesis that the passage of the dogmatic metaphysics transcendental to the Critique of pure reason of Kant, parallel to the need to delineate the contours of the epistemic limits of the knowing subject, is that the very transcendental philosophy can be understood as certain post-metaphysical metaphysics. This methodological change is what allows Kant to thematize the idea of God as a maximum logicrequired by the internal constitution of transcendental subjectivity; the argument is not sufficient to ensure it is a proof of the existence of God or otherwise, but certainly sets this idea of reason as ineliminable metaphysical conditionof all possible knowledge.