DA PRETENSÃO GENERALISTA DAS CIÊNCIAS PARA A DENÚNCIA DO COLONIALISMO: A PROPOSTA DE UM UNIVERSALISMO PLURALISTA NA TEORIA SOCIAL

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ISSN: 2527-2551
Editor Chefe: Gustavo Dias
Início Publicação: 20/06/2017
Periodicidade: Semestral

DA PRETENSÃO GENERALISTA DAS CIÊNCIAS PARA A DENÚNCIA DO COLONIALISMO: A PROPOSTA DE UM UNIVERSALISMO PLURALISTA NA TEORIA SOCIAL

Ano: 2019 | Volume: 16 | Número: 2
Autores: Daliana Antonio
Autor Correspondente: Antonio, Daliana | [email protected]

Palavras-chave: cânones, teoria sociológica, colonialismo, eurocentrismo, androcentrismo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A obra resenhada resulta do reconhecimento da trajetória intelectual de Syed Farid Alatas e Vineeta Sinha, dedicada em análises sobre a colonização e a descolonização. Afirmam que a teoria social, verificados os currículos de cursos de formação em diferentes universidades ao longo da história da humanidade, desprezaram, quando não muito, impediram o conhecimento sobre produções não ocidentais, somada a invisibilidade das produções de mulheres. Sob tendências ao Eurocentrismo e ao Androcentrismo, teorias sociais que vieram a ser denominadas canônicas devido à esse poder de espraiamento acadêmico, promoveram uma hegemonia da idéia de civilização. Destacam que o modo de produção capitalista, sendo comumente estudado a partir das análises do contexto europeu, ao invés de “capitalismo industrial” poderia ter sido denominado “capitalismo colonial”, já que tal desenvolvimento somente foi possível via um processo colonizatório. Entretanto, mesmo que tenha havido produções de pesquisas sobre “outros” olhares, as denominações a partir do olhar do colonizador ainda são hegemônicas, visto a própria denominação “não ocidental” que contribui na institucionalização dos cânones. Para ambos, não se trata de um problema ensinar os cânones, mas reproduzir como se faz na Europa, observados os programas das pós-graduações da Ásia e África. Nesse sentido, a obra sintetiza negligências já discutidas por pensadoras/es africanas/os, tais quais Paulin J. Hountondji (1997), Akinsola Akiwowo (1999) e Oyèrónkẹ́ Oyèwùmí (2011), por exemplo, e proporciona uma reflexão “mestiça” (Glória Anzáldua, 2016) que reconheça as “teorias do sul” (Raewyn Connel, 2007).