Da revolta contra o tempo histórico à potência do anacronismo na escrita da história.

Revista de História Bilros

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ISSN: 2357-8556
Editor Chefe: Prof. Dr. Francisco José Gomes Damasceno
Início Publicação: 30/11/2013
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: História

Da revolta contra o tempo histórico à potência do anacronismo na escrita da história.

Ano: 2017 | Volume: 5 | Número: 10
Autores: Maria Bernardete Ramos Flores
Autor Correspondente: Maria Bernardete Ramos Flores | mbernaramos@gmail.com

Palavras-chave: Tempo histórico, anacronismo, montagem, mito do eterno retorno.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O tempo moderno, cronológico e linear nunca teve plena adesão dos povos; o historicismo nunca foi pacificamente aceito entre os pensadores. Nas pegadas de Walter Benjamin, o artigo defende uma historiografia que descubra nas profundezas da história, a matéria que religa o espírito humano; que contemple a montagem de tempos, do tempo impuro que se introduz na configuração de um acontecimento histórico.  Da crítica do tempo linear do progresso encaminha-se para a defesa do anacronismo, considerando que a existência do ser e das culturas é feita de temporalidades diversas. A experiência do tempo não é a mesma da representação do tempo cronológico da modernidade. O passado não é algo encerrado; o tempo não é algo externo e transcendente à humanidade. O passado não é apenas estranho a nós, não é apenas um outro tempo. Somos também descendentes, diferentes e semelhantes aos homens e mulheres que nos antecederam.



Resumo Inglês:

Modern, chronological and linear time has never had full adherence of peoples; historicism has never been peacefully accepted among thinkers. In the footsteps of Walter Benjamin, the article defends a historiography that discovers in the depths of history, the matter that reconnects the human spirit; that contemplates the assembly of times, of the impure time that is introduced in the configuration of a historical event. From the critique of linear time of progress, one goes to the defense of anachronism, considering that the existence of being and of cultures is made of diverse temporalities. The experience of time is not the same as the representation of the chronological time of modernity. The past is not something enclosed; time is not something external and transcendent to humanity. The past is not only strange to us; it is not just another time. We are also descendants, different and similar to the men and women who preceded us.