As universidades são conhecidas por seu inigualável potencial de transformação da sociedade por meio da descoberta, invenção e inserção de novas tecnologias. Esse potencial é baseado na missão que fundamenta a criação, em 1088, da Universidade de Bolonha, na Itália, que visava a busca da verdade, do bem e do belo, promovendo a controvérsia livre entre propostas rivais. Essa base, que configura um espaço fértil de ideias, está longe de ser um ambiente limitante. Muito pelo contrário, precisa semear a todo tempo – na seara dos porquês – a necessidade de mudança, avanço e transformação do conhecimento. Por isso, muitas vezes, algo considerado verdade absoluta, logo adiante pode ser questionado, reformulado e gerar mais transformação e novas verdades. Isso reforça especialmente dentro de seus muros – que até pouco tempo eram respeitados até mesmo pelas forças contrárias às ciências – seu inquestionável caráter de autonomia e garantia de liberdade para a investigação e a análise de causas, efeitos e fenômenos em si, sejam naturais ou humanos.