A fotografia foi desde sua criação e primeiros usos uma tecnologia e uma prática socioculturais disputadas pelos campos da história e da arte. Mas no cenário ultra conectado do século XXI, ela desponta para um novo uso – a selfie. Neste artigo de cunho teórico, propõem-se algumas contribuições para uma epistemologia da fotografia com base nessa prática inaugurada pelas comunidades virtuais, diferenciando-a do autorretrato e descrevendo suas características específicas e seus resquícios simbólicos. Para discutir esse tema contemporâneo, travou-se uma conversação com a psicologia analítica junguiana e o imaginário durandiano.
Since its creation and initial uses, photography was a technology and sociocultural practice disputed in the fields of history and art. However, in the ultra-connected scenario of the 21st century, it stands out with a new use – the selfie. In this theoretical article, some contributions to an epistemology of photography are proposed based on this practice inaugurated by virtual communities, differentiating it from the self- -portrait and describing its specific features and symbolic remnants. To discuss this contemporary theme, a discussion was held with Jungian analytical psychology and Durandian imaginary.