As damas do novo mundo: representações sobre as mulheres ameríndias nos textos fundacionais da América
Revista de História Bilros
As damas do novo mundo: representações sobre as mulheres ameríndias nos textos fundacionais da América
Autor Correspondente: Erick Matheus Bezerra Mendonça Rodrigues | [email protected]
Palavras-chave: mulheres ameríndias, novo mundo, representação, gênero, imaginário
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Esse trabalho deseja tratar sobre formas de representação das mulheres ameríndias nos textos fundacionais do Novo Mundo. Especificamente, analisaremos sob a égide do conceito central de representação, as cartas de Américo Vespúcio (Mundus Novus) e de Pero Vaz de Caminha (para o rei D. Manuel), junto aos diários do Almirante Cristóvão Colombo. Fundamentado na noção de uma construção hierárquica de gênero, buscamos demonstrar como diferentes autores europeus criaram uma narrativa de alteridade sobre as mulheres que encontraram quando aportaram, de forma pioneira, nos territórios do Novo Mundo. Essas narrativas ensejam uma caracterização e uma relação de poder baseada num imaginário especificamente exterior à realidade que narram. Sendo assim, estereotipam os nativos e preconizam um processo brutal de dominação: a empreitada colonial.
Resumo Inglês:
This work wish to treat about the representation of the amerindian women at the foundational texts of the New World; specifically, we are going to analyze under the aegis of the central concept of representation, the letters by Américo Vespúcio (Mundus Novus) and by Pero Vaz de Caminha (to D. Manuel’s king), together of the diary of Admiral Cristovan Columbus. Based in the notion of the hierarchical build of gender, we looked to demonstrate how different european authors created a otherness narrative about the women who they found when go down, of pioneer form, in the territories of the New World. These narratives instigate a characterization and a power relation based in an imaginary specifically abroad to reality that told. In this way, stereotypes the natives and preconize a brutal process of domination: the colonial enterprise.
