O estudo do corpo que dança, de como este corpo conhece e se relaciona com o mundo, tem produzido interesse em artistas, docentes, artistas-docentes e demais profissionais que se aproximam da Dança na contemporaneidade. Tal estudo subsidia-se pela ideia de um corpo que não está separado da mente e que não é agente passivo das interferências do/com o ambiente – ambiente aqui entendido como um conjunto de condições para as coisas se relacionarem e não apenas um lugar (BRITO, 2007) – ideia esta, que vem sendo trabalhada e defendida por diversos professores, estudiosos e pesquisadores contemporâneos de Dança. O corpo é um estado em transformação contÃnuo, a partir das relações de interação com a natureza e a cultura. Portanto, o corpo é natureza e cultura, e, pode ser tratado enquanto mÃdia de si mesmo, ou seja, como “corpomÃdiaâ€(GREINER & KATZ, 2005), diferentemente do entendimento de corpo processador (corpomáquina) aparentemente passivo à s informações do ambiente. Tais compreensões articulam-se à perspectiva de pensamento emergente sobre a ação de conhecer, e que serão trabalhadas neste artigo com a finalidade de esboçar possÃveis conexões e aproximações entre corpo, dança, ações pedagógicas e o paradigma emergente proposto por Boaventura (2005).