A dança de Mata Hari no contexto da feminilidade e do exotismo

Mandrágora

Endereço:
Rua do Sacramento - n 230 - Rudge Ramos
São Bernardo do Campo / SP
09640-000
Site: https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/MA/index
Telefone: (11) 4366-5537
ISSN: 2176-0985
Editor Chefe: Sandra Duarte de Souza
Início Publicação: 01/02/1994
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Teologia

A dança de Mata Hari no contexto da feminilidade e do exotismo

Ano: 2009 | Volume: 15 | Número: 15
Autores: A. Kolb, R. Migliorini (tradução)
Autor Correspondente: R. Migliorini | [email protected]

Palavras-chave: Mata Hari, orientalismo, nudez na dança, feminismo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A dançarina holandesa Mata Hari (Margaretha Geertruida Zelle) atingiu um status de ícone na história da dança do século XX, em parte devido à sua execução como espiã alemã em 1917. Embora não possuísse formação em dança, ela apresentava seus trabalhos, principalmente em um estilo eclético oriental, com sucesso para as plateias europeias. Discuto aqui as contribuições de Mata Hari contra o pano de fundo do cenário da dança europeia imediatamente anterior à Primeira Guerra Mundial. Essa discussão explora especificamente a estrutura ideológica e estética na qual ela se inseria como artista do sexo feminino no contexto das tendências da dança que ocorriam simultaneamente naquele momento. Recorrendo às teorias feministas, orientalismo e pós-colonialismo (Edward Said), o artigo analisa como ambas as facetas de Mata Hari, a artística e a não-artística, adequavam-se a certas imagens estereotipadas da mulher, ao mesmo tempo em que também subvertiam as convenções sociais.



Resumo Inglês:

Dutch dancer Mata Hari (Margareth Geertruida Zelle) reached an icon status in the 20th century dance history, partly due to her execution as a German spy in 1917. Although she did not have any dance training, she successfully performed her pieces, mainly in an eclectic Western style, to European audiences. Here I discuss Mata Hari’s contributions against the background scenery of the European dance immediately before the First World War. This paper specifically explores the ideological and aesthetical structure in which she worked as a female artist in the context of dance tendencies that simultaneously occurred at that time. Based on feminist theories, orientalism and postcolonialism (Edward Said), the article analyses how both of Mata Hari’s facets – the artistic and the non-artistic ones – adjusted to certain stereotyped female images, and how at the same time they subverted social conventions.



Resumo Espanhol:

La bailarina holandesa Mata Hari (Margaretha Geertruida Zelle) logró un estatus de icono en la historia de la danza del siglo XX, debido en parte a su ejecución en 1917 acusada de espionaje a favor de Alemania. A pesar de que le faltaba entrenamiento en la danza, ella presentaba sus trabajos con éxito en teatros europeos, principalmente en un estilo ecléctico oriental. En este trabajo planteo las contribuciones de Mata Hari, teniendo como paño de fondo del escenario de la danza europea inmediatamente anterior a la Primera Guerra Mundial. Esta discusión explora específicamente la estructura ideológica y estética en la cual ella se hallaba inserta como artista de sexo femenino, en medio de las tendencias de la danza que se daban de manera simultánea en aquel momento. Haciendo un recorrido de las teorías feministas, orientalismo y post-colonialismo (Edward Said), el artículo analiza cómo las dos facetas de Mata Hari, la artística y la no artística, se adecuaban a ciertas imágenes estereotipadas de la mujer, al mismo tiempo que subvertían las convenciones sociales.