DAS URNAS ETRUSCAS PARA OS CORRIDOS MEXICANOS: a sobrevivência de uma fórmula

Outros Tempos Pesquisa Em Foco História

Endereço:
Universidade Estadual do Maranhão, Curso de História, Campus Paulo VI, Bairro Tirirical
São Luís / MA
Site: http://www.outrostempos.uema.br
Telefone: (98) 3245-6141
ISSN: 18088031
Editor Chefe: Marcelo Cheche Galves
Início Publicação: 13/04/2004
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

DAS URNAS ETRUSCAS PARA OS CORRIDOS MEXICANOS: a sobrevivência de uma fórmula

Ano: 2019 | Volume: 16 | Número: 28
Autores: LEONARDO BENTO DE ANDRADE
Autor Correspondente: LEONARDO BENTO DE ANDRADE | [email protected]

Palavras-chave: José Guadalupe Posada. Calavera. Nachleben.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo tem como objetivo analisar a trajetória do gesto contido em uma das gravuras do “corrido” “Aquí la Calavera está, Señores, de toditos los buenos valedores” (1900-1910), do gravador mexicano José Guadalupe Posada. No ato do esqueleto, que golpeia com sua foice um outro caído de joelhos, vemos a irrupção de uma força patética que já aparece na cultura material etrusca e sobrevive sorrateiramente até nossos dias. Diego Rivera considera Posada um genial e autêntico artista, com uma produção puramente mexicana, que serviu como uma forte figura para o seu esforço de construção de uma identidade mexicana pós-revolucionária. No entanto, por meio do exercício dos conceitos warburguianos de “Nachleben” e “Pathosformeln”, notamos que a narrativa preparada por Rivera pode ser pensada através de uma perspectiva inatual, anacrônica, portanto, nãopura, percebendo assim as nuances da narrativa estabelecida pelo muralista.



Resumo Inglês:

The present paper aims to analyze the trajectory of the gesture contained in one of the engravings of the “corrido” “Aquí la Calavera está, Señores, de toditos los buenos valedores” (1900- 1910), of the Mexican engraver José Guadalupe Posada. In the act of the skeleton, which strikes with his sickle another one fallen on his knees, we see the irruption of a pathetic force that already appears in the Etruscan material culture and sneakily survives up to our days. Diego Rivera considers Posada a brilliant and authentic artist, with a purely Mexican production that served as a strong figure for his effort to build a post-revolutionary Mexican identity. However, through the exercise of the Warburguian concepts of "Nachleben" and "Pathosformeln", we note that the narrative prepared by Rivera can be thought through a non-current, anachronistic, and therefore, non-pure perspective, thus perceiving the nuances of the narrative established by the muralist.



Resumo Espanhol:

El presente artículo tiene como objetivo analizar la trayectoria del gesto contenido en una de las grabaciones del corrido “Aquí la Calavera está, Señores, de toditos los buenos valedores” (1900-1910), del grabador mexicano José Guadalupe Posada. En el acto del esqueleto, que golpea con su hoz a otro caído de rodillas, vemos la irrupción de una fuerza patética que ya aparece en la cultura material etrusca y sobrevive sorpresivamente hasta nuestros días. Diego Rivera considera Posada un genial y auténtico artista, con una producción puramente mexicana, que sirvió como una fuerte figura para su esfuerzo de construcción de una identidad mexicana post-revolucionaria. Sin embargo, a través del ejercicio de los conceptos warburguianos de “Nachleben” y “Pathosformeln”, notamos que la narrativa preparada por Rivera puede ser pensada a través de una perspectiva inatual, anacrónica, por lo tanto, no pura, que se percibe así los matices de la narrativa establecida por el muralista.