Representação. Essa é, com certeza, uma das palavras-chave do debate antropológico a partir dos anos 1980, marcado por uma virada ontológica no interior das ciências humanas e da filosofia, e que se refletiu à época, na antropologia, em sua melhor forma, talvez, na publicação de Writing Culture, de 1986. Os questionamentos postos à época e que ecoam até o momento, diziam respeito à capacidade e legitimidade que a etnografia teria para representar o outro e, ao mesmo tempo, se tal tarefa seria desejada e/ou mesmo possível.