De lá pra cá... Daqui pra lá... As operações matemáticas nas velhas tábuas de contar

Benjamin Constant

Endereço:
Avenida Pasteur, 350/368 - Divisão de Pós-Graduação e Pesquisa - Urca
Rio de Janeiro / RJ
22290240
Site: http://revista.ibc.gov.br/
Telefone: (21) 9889-8617
ISSN: 1984-6061 (on-line)
Editor Chefe: Bianca Della Líbera e Luiz Paulo da Silva Braga
Início Publicação: 01/01/2018
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

De lá pra cá... Daqui pra lá... As operações matemáticas nas velhas tábuas de contar

Ano: 2006 | Volume: 0 | Número: 35
Autores: Cleonice Terezinha Fernandes
Autor Correspondente: Luiz Paulo da Silva Braga | [email protected]

Palavras-chave: Educação especial, ensino da matemática, deficiente visual

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo trata de um breve passeio pelos mais importantes feitos históricos que levaram a humanidade à construção do notável sistema de numeração valor posicional base dez - princípio dos contadores mecânicos do tipo ábaco ou soroban, utilizados como aparelho de cálculo para os deficientes visuais no Brasil e em boa parte do mundo. Baseado nos pressupostos teóricos da Educação Matemática o texto tenta mostrar que qualquer iniciante na arte do cálculo matemático, seja deficiente visual ou não, deveria começar pelos aparatos semi-simbólicos, que é o caso dos contadores, pelo grau de dificuldade existente para quaisquer pessoas, quando se inicia o ensino a partir dos algoritmos modernos com símbolos escritos. A idéia é propor o "soroban para todos", seja o modelo japonês ou o modelo ocidental (ábaco). Também tem o intuito de demonstrar a pertinência da controvérsia existente entre os usuários do soroban: os adeptos dos cálculos da ordem menor para a maior e aqueles adeptos da ordem maior para a menor, aqui chamados, respectivamente, de "algoristas" e "abacistas". O texto mostra que, a exemplo da opção por este ou aquele método de alfabetização, também a metodologia para o uso e ensino do soroban é uma questão de escolha pessoal. Como tal, diferentes metodologias comportam em si mesmas vantagens e desvantagens, que procura evidenciar. É um convite a um amadurecimento teórico dos profissionais afins dentro da sua opção metodológica. Um apelo a deixarmos de lado a nossa "vista de um único ponto" a respeito desta questão.



Resumo Inglês:

This article deals with a brief tour of the most important historical achievements that led humanity to the construction of the remarkable base ten positional value numbering system - principle of mechanical counters of the abacus or soroban type, used as a calculation device for the visually impaired in Brazil and in much of the world. Based on the theoretical assumptions of Mathematical Education, the text tries to show that any beginner in the art of mathematical calculation, whether visually impaired or not, should start with semi-symbolic apparatus, which is the case with accountants, due to the degree of difficulty that exists for any person, when teaching starts from modern algorithms with written symbols. The idea is to propose "soroban for everyone", be it the Japanese model or the western model (abacus). It also aims to demonstrate the relevance of the controversy existing among users of soroban: those who adhere to the calculations of the lowest order to the highest order and those who adhere to the highest order to the lowest order, here called, respectively, "algorithms" and "abacists" . The text shows that, like the option for this or that method of literacy, also the methodology for the use and teaching of soroban is a matter of personal choice. As such, different methodologies have advantages and disadvantages in themselves, which it seeks to highlight. It is an invitation to a theoretical maturation of the related professionals within their methodological option. An appeal to let go of our "single point view" on this issue.



Resumo Espanhol:

Este artículo trata de un breve recorrido por los logros históricos más importantes que llevaron a la humanidad a la construcción del notable sistema de numeración de valores posicionales en base diez, principio de los contadores mecánicos del tipo ábaco o soroban, utilizado como dispositivo de cálculo para personas con discapacidad visual en Brasil y en gran parte del mundo. Partiendo de los supuestos teóricos de la Educación Matemática, el texto trata de mostrar que cualquier principiante en el arte del cálculo matemático, con discapacidad visual o no, debe comenzar con un aparato semi-simbólico, como es el caso de los contables, debido al grado de dificultad que existe para cualquier persona, cuando la enseñanza parte de algoritmos modernos con símbolos escritos. La idea es proponer "soroban para todos", ya sea el modelo japonés o el modelo occidental (ábaco). También se pretende demostrar la relevancia de la polémica que existe entre los usuarios de soroban: aquellos que se adhieren a los cálculos de menor a mayor orden y aquellos que se adhieren al mayor a menor orden, aquí llamados, respectivamente, "algoritmos" y "abacistas". El texto muestra que, al igual que la opción por tal o cual método de alfabetización, también la metodología para el uso y la enseñanza del soroban es una cuestión de elección personal. Como tal, las diferentes metodologías tienen ventajas y desventajas en sí mismas, que busca resaltar. Es una invitación a una maduración teórica de los profesionales relacionados dentro de su opción metodológica. Un llamamiento a dejar de lado nuestro "punto de vista único" sobre este tema.



Resumo Francês:

Cet article traite d'un bref tour d'horizon des réalisations historiques les plus importantes qui ont conduit l'humanité à la construction du remarquable système de numérotation des valeurs de position en base dix - principe des compteurs mécaniques de type abaque ou soroban, utilisé comme appareil de calcul pour les malvoyants en Brésil et dans une grande partie du monde. Sur la base des hypothèses théoriques de l'enseignement mathématique, le texte tente de montrer que tout débutant dans l'art du calcul mathématique, qu'il soit malvoyant ou non, devrait commencer par un appareil semi-symbolique, ce qui est le cas des comptables, en raison du degré de difficulté qui existe pour toute personne, lorsque l'enseignement commence à partir d'algorithmes modernes avec des symboles écrits. L'idée est de proposer "soroban pour tout le monde", que ce soit le modèle japonais ou le modèle occidental (abaque). Il vise également à démontrer la pertinence de la controverse qui existe parmi les utilisateurs de soroban: ceux qui adhèrent aux calculs de l'ordre le plus bas au plus élevé et ceux qui adhèrent à l'ordre le plus élevé au plus bas, ici appelés respectivement «algorithmes» et "abacistes". Le texte montre que, comme l'option pour telle ou telle méthode d'alphabétisation, la méthodologie d'utilisation et d'enseignement du soroban est également une question de choix personnel. En tant que telles, différentes méthodologies présentent des avantages et des inconvénients en soi, qu'elle cherche à mettre en évidence. C'est une invitation à une maturation théorique des professionnels concernés au sein de leur option méthodologique. Un appel à abandonner notre «point de vue unique» sur cette question.