Este trabalho tem como objetivo verificar, através do processo histórico, como a palavra puta foi e é ainda hoje um termo considerado tabu em nossa sociedade. Desse modo, tentamos compreender de que maneira os sentidos estabelecidos para esta palavra fazem parte não somente de uma memória discursiva, mas de uma memória da língua, ou seja, encontramos, na própria língua, marcas que mostram de que forma os sentidos foram sendo constituídos e postos em funcionamento. Assim, adotamos como material de análise dicionários de língua portuguesa, de diferentes épocas, que trazem o verbete puta. Dessa forma, veremos, através da palavra puta, como todo dizer deve estar sustentado por um dizer outro, não se tratando, no entanto, de mera repetição, uma vez que há sempre a possibilidade de se construir o sentido outro, devido à falha, ao equívoco na/da língua.
This work aims to verify, through the historical process, as the bitch word was and is still a taboo word in our society. Thus, we try to understand how the meanings set forth for this word include not only a discursive memory, but a memory of the language, ie, we find, in their own language, marks that show how the senses were being made and put into operation. Thus, we adopted as material for analysis of Portuguese dictionaries of different times, bringing the entry whore. Thus, we shall see, through the word whore as said whole must be supported by said another one, not the case, however, a mere repetition, since there is always the possibility of constructing the other direction due to failure, misconception in the / language.