De qual muçulmano estamos falando? Ancoragem e objetivação na representação do islamita pela revista Istoé

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ISSN: 1807-8583
Editor Chefe: Basílio Sartor / Suely Fragoso
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Comunicação

De qual muçulmano estamos falando? Ancoragem e objetivação na representação do islamita pela revista Istoé

Ano: 2019 | Volume: 0 | Número: 44
Autores: Mendes. André Melo, Dornelas. Raquel
Autor Correspondente: Mendes. André Melo | [email protected]

Palavras-chave: representação social, ancoragem, objetivação, muçulmano, terrorismo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo busca entender como os muçulmanos foram representados pelas páginas da revista semanal Istoé, na ocasião dos atentados terroristas, na França, em janeiro e em novembro de 2015. Para isso, foram trabalhadas as noções de ancoragem e objetivação, entendendo-as como partes centrais da Teoria da Representação Social, de Serge Moscovici. Ao operacionalizar tais conceitos, utilizamos como ferramental uma análise imagética e textual, assim percebendo como o ato de representação demonstra outros aspectos da nossa própria sociedade e como a narrativa pesquisada problematiza a própria prática da imprensa. O artigo conclui que as duas edições do periódico jornalístico representaram os muçulmanos sob três categorias: o bem-sucedido, a vítima e o terrorista – sendo esse último concretizado na figura do membro do Estado Islâmico.



Resumo Inglês:

The paper aims to understand how the Muslim people were represented by the Istoé magazine after the terrorist attacks in France, in January and November of 2015. For this, we used the notions of anchorage and objectification, understanding them as central parts of Serge Moscovici’s Social Representation Theory. When applying these concepts, we used as a theoretical tool image and textual analysis, thus comprehending how the representations presented in Brazilian magazines show other aspects of our own society and how these narratives problematize the practice of the press. We conclude that the two editions of the magazine represented three categories of Muslims: the successful, the victim and the terrorist - the last one embodied in the figure of the member of the Islamic State.