O presente trabalho busca compreender o movimento social Mães do Curió e como a chacina de onze homens gestou uma luta pelo direito das juventudes periféricas. Com uma pesquisa eminentemente qualitativa, baseada por observação direta, entrevistas e rodas de conversa. Apresentamos fatos que organizaram essas mulheres, sua forma de ativar o luto e de que maneira o movimento sintetiza uma série de dominações autoritárias do capitalismo, colonialismo e patriarcado. Como considerações finais observamos como o movimento interpreta suas condições e propõe suas reivindicações de modo a resistir (e reexistir) a uma realidade que desumaniza e considera matáveis os jovens de periferia.
The present work seeks to understand the social movement Mothers of the Curió and how the slaughter of eleven men created a struggle for the rights of the peripheral youths. With eminently qualitative research, based on direct observation, interviews and talk wheels. We present facts that organized these women, their way of activating mourning, and how the movement synthesizes a series of authoritarian dominations of capitalism, colonialism, and patriarchy. As final considerations, we observe how the movement interprets its conditions and proposes its claims in order to resist (and re-exist) a reality that dehumanizes and considers the youngs of the periphery to be killable.