Este artigo analisa dois momentos da história karitiana, grupo Tupi-Arikém em Rondônia:
primeiro, o processo de territorialização que submeteu o grupo e determinou
sua localização geográfica e identificação étnica desde o inÃcio do século XX; em
seguida, explora os movimentos de ‘contraterritorialização’ que, na última década,
vêm levando os Karitiana a contestarem sua espacialização e identificação compulsórias,
por meio da reocupação de territórios, que acabam por se converter também em
retomadas do tempo, em uma volta ao passado glorioso destruÃdo pelo aparecimento
dos brancos.