A decadência da ilusão ou a morte da biografia

Revista Rascunhos Culturais

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ISSN: 2177-3424
Editor Chefe: Geovana Quinalha de Oliveira
Início Publicação: 31/12/2009
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

A decadência da ilusão ou a morte da biografia

Ano: 2010 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: Marcio Markendorf
Autor Correspondente: Geovana Quinalha de Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: ilusão, discurso, representação, biografia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As correntes do pensamento pós-estruturalista e da pós-modernidade ao se deterem sobre assuntos como o real, a representação, a identidade e a história, deparam com o problema epistemológico da decadência da ilusão. A incredulidade que contaminou o espaço teórico, aproximação perigosa de um niilismo crítico, vê uma série de categorias de estudo como participantes de um projeto que já não é mais possível ou aceitável. Nesse cenário, o discurso biográfico assiste ao colapso das bases híbridas sobre as quais assenta seu edifício textual. À impossibilidade pós-moderna de captar as múltiplas identidades do sujeito associam-se outros expedientes considerados perturbadores ou mesmo impraticáveis pela linguagem – a ilusão biográfica, a ilusão referencial, a ilusão da representação, a ilusão da história. Partindo desse contexto, é imprescindível questionar se estaríamos próximos de anunciar a morte do discurso biográfico, uma vez que o fim simbólico da história, no sentido progressista em que era concebida, já foi decretado. Este artigo, portanto, procura explorar a posição atual da biografia e conjeturar minimamente sobre seu futuro, sobretudo frente ao embate contemporâneo em representar o passado.