Declínio cognitivo em idosos institucionalizados: revisão de literatura

Cinergis

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ISSN: 2177-4005
Editor Chefe: Silvia Isabel Rech Franke
Início Publicação: 31/12/1999
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Educação física, Área de Estudo: Saúde coletiva

Declínio cognitivo em idosos institucionalizados: revisão de literatura

Ano: 2015 | Volume: 16 | Número: 2
Autores: J. T. Bertoldi, A. C. Batista, S. Ruzanowsky
Autor Correspondente: J. T. Bertoldi | [email protected]

Palavras-chave: institucionalização, rastreamento cognitivo, déficit cognitivo em idosos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O processo de envelhecimento acarreta o comprometimento do sistema nervoso central (SNC), atingido tanto por fatores intrínsecos, quanto extrínsecos. Estas alterações reduzem progressivamente a capacidade intelectual, afetando 5% das pessoas acima de 65 anos e 20% acima de 80 anos. A perda da independência e a incapacidade, aliadas à falta de assistência social e de políticas públicas para a população geriátrica, ocasionam a internação do idoso em instituições de longa permanência. A mudança de ambiente e o isolamento social, provocados pela institucionalização, correlacionam-se com a alta prevalência de doenças mentais. Objetivo: investigar, na literatura, a presença de déficit cognitivo em pacientes institucionalizados, avaliados através do Mini-exame do estado mental (MEEM). Método: o estudo refere-se a uma revisão de literatura. A busca de artigos científicos concentrou-se nas bases de dados PUBMED, SCIELO, LILACS, restringindo as publicações entre os anos de 2002 a 2013. Foram selecionados 10 artigos, sendo 09 deles de estudos do tipo quantitativo, descritivo, transversal, e um de revisão literária, que avaliaram ao todo 432 pacientes, na faixa etária entre 60 e 104 anos. Resultados e considerações finais: o prejuízo cognitivo em idosos institucionalizados é elevado, quando comparado a idosos da comunidade. Alguns estudos justificam estas diferenças pelo baixo nível de escolaridade, a idade avançada, o gênero, a falta de atividade física e o isolamento social, sugerindo que a institucionalização é um fator relevante no declínio intelectual. No entanto, destacamos que outras variáveis podem interferir nestes resultados e merecem maior investigação.



Resumo Inglês:

The aging process compromises the central nervous system (CNS), reached by both intrinsic and extrinsic factors. These changes progressively reduce the intellectual capacity, affecting 5% of people over 65 and 20% over 80 years. The loss of independence and inability coupled with lack of social welfare and public policy for the geriatric population causes the admission of the elderly in nursing homes. Changes in social living and isolation caused by institutionalization are associated with the high prevalence of mental illness. Objective: this research refers to a literature review in order to investigate the presence of cognitive impairment in institutionalized patients assessed by the Mini-Mental State Examination (MMSE). Method: database searches for papers were conducted in PUBMED, SCIELO and LILACS, restricting publications between the years 2002 to 2013. Ten papers were included, nine of then containing quantitative, descriptive, cross-sectional studies, and one literature review comprising 432 patients with ages between 60 and 104 years. Results and closing remarks: results show that cognitive impairment in institutionalized elderly is high when compared to
elderly who lives on the community. Some studies justify these differences by the low level of education, advanced age, gender, lack of physical activity and social isolation, suggesting that institutionalization is a relevant factor in the intellectual decline. However, we emphasize that other variables may affect these results and deserve further investigation.