O presente trabalho estudou a presença feminina na carreira jurÃdica de delegado
de polÃcia, que é uma profissão tradicionalmente masculina. A Delegacia de Defesa
da Mulher (DDM) foi avaliada para que se pudesse verificar se a reserva de mercado
instaurada por esse órgão contribuiu para um processo de subalternização dessas profissionais
perante os pares. O trabalho constatou que, se, por um lado, a inauguração
das DDMs canalizou mais as mulheres para trabalharem nesses órgãos, por outro,
contribuiu para um aprisionamento da trajetória profissional delas. Isso porque, para
muitas delegadas, o trabalho em uma DDM é considerado um atravancamento para
a carreira. A pesquisa foi realizada na cidade de São Paulo, onde foram estudados os
distritos policiais e as delegacias de defesa da mulher. O estudo foi realizado de 2007
até 2009.