Após justifi car o agnosticismo como posição fi losófi ca certa
em pesquisas interculturais, por respeitar as crenças epistemológicas
e os caminhos metodológicos do outro, o autor, com os pensadores
da decolonialidade do saber, valoriza os conhecimentos indÃgenas
como cientÃfi cos e estuda as semelhanças e diferenças entre ciências
eurodescendente e indÃgena, numa perspectiva de dialogicidade e interculturalidade
crÃtica. Mas, além da interculturalidade com respeito
mútuo aos fundamentos epistemológicos do outro, encontram-se no
fi lósofo budista Nâgârjuna as bases para uma epistemologia transcultural
da vacuidade, mais ampla que as epistemologias regionais euro
ou americano-descendentes, que o autor articula com a sociopoética
que criou e as pesquisas de Simondon, Deleuze e Guattari.
After justifying agnosticism as a good philosophical
position in intercultural research, which respects the epistemological
beliefs and the methodological ways of the other, the author, with
the thinkers of “decoloniality†of knowledge, valorizes indigenous
knowledge as scientifi c and studies the similitude and difference
between Euro-descendent and native science, from a dialogical,
intercultural and critical viewpoint. But, beyond intercultural
factors – each respecting the epistemological foundations of the
other, there is in Nâgârjuna Buddhist philosophy the basis for a
transcultural epistemology of vacuity, larger than the regional Euro or
American-descended epistemologies, that the author articulates with
sociopoetics that he created and the research of Simondon, Deleuze
e Guattari.