Densidade fitoplanctônica e estado trófico dos rios Canha e Pariquera- Açu, bacia hidrográfica do rio Ribeira de Iguape, SP, Brasil

Revista Ambiente E Água

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ISSN: 1980993X
Editor Chefe: Nelson Wellausen Dias
Início Publicação: 31/07/2006
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Agrárias, Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Engenharias, Área de Estudo: Multidisciplinar

Densidade fitoplanctônica e estado trófico dos rios Canha e Pariquera- Açu, bacia hidrográfica do rio Ribeira de Iguape, SP, Brasil

Ano: 2008 | Volume: 3 | Número: 2
Autores: CUNHA, D. G. F.; FALCO, P. B. de; CALIJURI, M. do C.
Autor Correspondente: CUNHA, D. G. F | [email protected]

Palavras-chave: eutrofização de rios; comunidade fitoplanctônica; rios tropicais; Baixo Ribeira de Iguape (SP).

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Ao se considerar a carência de estudos a respeito do processo de eutrofização em
sistemas lóticos, sobretudo em rios tropicais, esta pesquisa teve como objetivo principal
comparar a comunidade fitoplanctônica dos rios Canha e Pariquera-Açu, (bacia hidrográfica
do rio Ribeira de Iguape, SP), aos valores de IETm (Índice de Estado Trófico médio), em
coletas realizadas em janeiro e abril de 2007. O IETm, originalmente concebido para
ambientes lênticos, foi calculado com base nas concentrações de fósforo total, ortofosfato e
clorofila-a na água. A densidade da comunidade fitoplanctônica foi obtida a partir da
contagem de indivíduos em câmaras de sedimentação. Comparando-se os valores do IETm
aos resultados quantitativos do fitoplâncton, verificou-se que o IETm pode superestimar o
estado trófico dos rios. Isso foi associado à contribuição das formas fosfatadas que compõem
o cálculo do índice, as quais concorreram para o incremento indevido em seu valor,
incompatível com a real resposta biológica associada, em relação à densidade fitoplanctônica.
Em abril, apesar dos valores de IETm terem sido superiores, a densidade do fitoplâncton foi
menor, com mínimo de 83 indmL-1, no rio Canha, e de 66 indmL-1, no rio Pariquera-Açu.
Concluiu-se que, neste caso, as elevadas concentrações das formas fosfatadas não foram
suficientes para promover proporcional crescimento fitoplanctônico, que deve ter sido
limitado por outros fatores, tais como temperatura da água, concentração de sólidos em
suspensão, vazão do rio e predação pelo zooplâncton. Em janeiro, por outro lado, embora o
IETm tenha sido inferior, a densidade total do fitoplâncton foi maior. Nesta coleta, as menores
concentrações de ortofosfato disponíveis na água indicaram a maior assimilação desse
nutriente pelos microrganismos.



Resumo Inglês:

Regarding the lack of studies about lotic eutrophication, mainly for tropical rivers, this
research aimed to assess the density of phytoplanktonic community of two tropical rivers
located in Ribeira do Iguape Watershed (São Paulo state, Brazil), Canha and Pariquera-Açu
Rivers, based on sampling campaigns in January and April, 2007. These results were
compared to the mTSI (mean Trophic State Index) values. This index was originally
developed for lentic aquatic systems and its calculus depends on total phosphorous,
orthophosphate and chlorophyll-a concentrations in water samples. Comparing mTSI values
in all sampling stations with the phytoplankton quantitative results, it was possible to verify
that mTSI may overestimate the trophic state of lotic ecosystems, since the phosphorus
species that integrate its calculus contributed to an improper augmentation on mTSI, which
were incompatible with the real associated biological response. Thus, for April sampling,
although mTSI values were higher, in general, phytoplankton density were lower (minimum
of 83 indmL-1 for Canha River and of 66 indmL-1 for Pariquera-Açu River). In this case, the
high total phosphorous concentrations by themselves were not enough to promote
proportional phytoplanktonic growth, which was probably limited by other factors, like water
temperature, suspended solids concentration, river discharge and zooplanktonic predation. In
January, on the other hand, mTSI values were lower, but total phytoplankton density was
higher. For this sampling, the lower orthophosphate concentrations in water pointed
phytoplankton assimilation of this nutrient.