Este texto nasce de uma escrita em travessia que exercita incursões nos guardados referentes
às minhas práticas docentes dos anos 2017, 2018 e 2019, com foco na disciplina Laboratório
de Produção Artística 1 (LAB1), ministrada para o quinto período do curso Artes Visuais
Bacharelado, da Faculdade de Artes Visuais (FAV), da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Reconheço tais guardados como constituintes do que chamo aqui de
arquivodocente
e, à medida que o vou percorrendo, apresento os pilares que sustentaram minha prática
artístico-pedagógica nos anos mencionados. No meio do caminho, destaco a emergência
de uma “pedagogia do contar” como principal estratégia utilizada no estímulo à produção
artística e aos processos de criação das e dos estudantes matriculados nessa disciplina.
Os referenciais teóricos aqui citados apontam para os campos da pesquisa narrativa, dos
estudos auto/biográficos e dos estudos decoloniais e foram sendo convocados à medida
que os fui reencontrando em meio às derivas pelo
arquivodocente
. Concluo ao reconhecer o
caráter crítico e libertador dos atos de criação no ambiente universitário, capazes de desfazer
e refazer ligações com nossas subjetividades, gerando movimentos transformadores para
outros lugares de onde podemos perceber novos modos de fazer, pensar e existir na arte, na
educação e na vida.
This text results from a writing-crossing process that exercises incursions in the archives related
to my teaching practices in the years 2017, 2018, and 2019, which I call
teachingarchive
. I
focused on the subject Laboratory of Artistic Production 1 (LAB1), taught for the fifth grade
of the Visual Arts course - Bachelor’s Degree - at the Faculty of Visual Arts (FAV), Federal
University of Goiás (UFG). I present the pillars of the artistic-pedagogical practice I created in
those years, highlighting the emergence of a “telling pedagogy” as my primary strategy to
stimulate the students’ artistic practice and creative processes in this period. The theoretical
references mentioned in this paper point to the fields of narrative research, auto/biographical
studies, and decolonial studies, being summoned as I found them amidst the wanderings in
the
teachingarchive
. I conclude by recognizing the critical and liberating aspects of the acts
of creation within the university environment. They can both undo and remake connections
with our subjectivities, generating transformative movements to other places where we can
perceive new ways of doing, thinking, and existing in art, education, and life.
Este texto resulta de un escrito em travesía que se origina en las incursiones realizadas en
los archivos referentes a mis prácticas docentes en los años 2017, 2018 y 2019, centrándose
en la disciplina Laboratorio de Producción Artística 1 (LAB1), quinto período del curso de
Artes Visuales Bacharelado, Facultad de Artes Visuales (FAV), Universidad Federal de Goiás
(UFG). Reconozco a estos guardados como constituyentes de lo que llamo el
archivodocente
y, en su recorrido, presento los pilares que sustentaron mi práctica artístico-pedagógica en
los años mencionados. En el camino, destaco el surgimiento de una “pedagogía del contar”
como principal estrategia utilizada para estimular la producción artística y los procesos de
creación de los estudiantes matriculados en esa disciplina. Los referentes teóricos citados
apuntan a los campos de la investigación narrativa, los estudios auto/biográficos y los
estudios decoloniales y fueron convocados como los encontré en medio de las derivas por
el
archivodocente
. Concluyo reconociendo el carácter crítico y liberador de los actos de
creación en el ámbito universitario, capaces de deshacer y rehacer conexiones con nuestras
subjetividades, generando movimientos transformadores hacia otros lugares desde donde
podamos percibir nuevas formas de hacer, pensar y existir en el arte, la educación y la vida.