Desde a declaração de Alma-Ata, o Brasil vem formulando estratégias de reestruturação da assistência no intuito de garantir o acesso universal e equânime aos cuidados básicos de saúde. A implementação da Estratégia de Saúde da FamÃlia reconfigura e fortalece as redes locais de saúde, orientando a expansão da cobertura da Atenção Básica. A atuação dos profissionais e sua inserção na comunidade favorece a identificação de situações de iniquidade em saúde. O presente artigo relata a experiência vivenciada por residentes em uma unidade de Estratégia de Saúde da FamÃlia, no municÃpio de Porto Alegre. A situação da população caracteriza-se pelo conjunto de necessidades e problemas relativos à saúde, as respostas sociais e estruturais e o perfil fenomenológico que o torna aparente. A iniquidade percebida pode ser considerada uma desigualdade injusta, visto que se refere a diferenças desnecessárias e evitáveis. É fundamental a manutenção de uma rede de atenção regionalizada, articulada com base territorial que privilegie as especificidades de cada grupo populacional, juntamente com a pactuação de polÃticas públicas vigentes na perspectiva da continuidade das ações. A potencialidade do campo da saúde no combate à s iniquidades está na intrÃnseca exigência de polÃticas e ações intersetoriais inclusivas.
Since the Alma-Ata, Brazil has been formulating strategies for restructuring assistance in order to ensure universal and equitable access to basic health care. The implementation of the National Family Health reconfigures and strengthens local health networks, guiding the expansion of coverage of Primary Care. The role of professionals and their inclusion in the community favors the identification of situations of health inequity. This article reports the experience lived by residents in a unit of the Family Health Strategy, in Porto Alegre city. The health status of the population is characterized by a set of needs and problems relating to health, social and structural responses and the profile becomes apparent that the phenomenological. Already perceived inequity can be considered an unjust inequality, since it refers to unnecessary and avoidable differences. It is essential to maintaining a network of regionalized care, combined with that privileges the territorial specificities of each population group, with the agreement to current public policies in view of the continuity of actions. The potentiality of the field of health in combating inequities is the intrinsic requirement of inclusive policies and intersectoral action.