Neste estudo, são analisadas as polÃticas públicas de promoção da saúde e sua repercussão na gestão distrital e local, com foco nas ações de promoção da saúde no cotidiano das práticas na rede básica de saúde. Este estudo caracteriza-se como descritivo-exploratório de abordagem qualitativa, realizado nos municÃpios de Belo Horizonte e Contagem-MG. Para a coleta dos dados, foram utilizadas a análise documental e entrevistas com gestores, profissionais da atenção básica e usuários e acompanhamento de práticas bem-sucedidas de promoção da saúde, reconhecidas e indicadas pelos profissionais nos serviços nos quais atuam. Os resultados revelam que, no cotidiano dos serviços, as iniciativas de promoção da saúde são incipientes e se sustentam em concepções que a aproximam da visão de negação da doença. É significativa a distância entre a definição das polÃticas e a intencionalidade dos gestores de saúde no que se refere à promoção da saúde e à s práticas cotidianas de gestão, assistência, participação e controle social dos serviços. A articulação intersetorial, condição para a promoção da saúde, é incipiente e representa um desafio. Conclui-se que a promoção da saúde constitui uma agenda com descontinuidades Daà a necessidade de ações estratégicas intersetoriais para sua efetivação, por meio das articulações que se estabelecem na polÃtica, na gestão e nas práticas profissionais.