O ensino de química apresenta-se como um dos grandes desafios do sistema educacional brasileiro. No nível superior, em particular, enfrenta problemas que se iniciam no ensino médio e se refletem quando os alunos entram na universidade. No contexto macapaense, o cenário é ainda mais crítico devido a diversos fatores locais tais como a falta de: boa base do ensino médio, profissionais da área; bons laboratórios, entre outros. Diante deste contexto, e somado a falta de motivação observada por parte dos acadêmicos do curso de farmácia com relação às matérias de química, o presente trabalho tem por objetivo promover uma reflexão a respeito do processo de ensino-aprendizagem de química no curso de farmácia do Instituto Macapaense de Melhor Ensino Superior (IMMES). Para isto, realizou-se uma investigação exploratória, com emprego de abordagem qualitativa, baseada em dados primários obtidos através da aplicação de um questionário. Dentre os aspectos gerais de maior relevância observados neste trabalho encontram-se que: 100% dos acadêmicos entrevistados são de nacionalidade brasileira, sendo 63% do sexo feminino; a idade média geral foi de 27 anos, mas com uma ampla faixa etária (17-50). Observou-se também, que o curso conta com um elevado número de estudantes-trabalhadores (65%). Com relação aos aspectos específicos, relacionados ao ensino de química, chamou a atenção o fato de 56,4% dos alunos nunca terem realizados atividades práticas no ensino médio. Os resultados mostraram que a maioria dos acadêmicos (60%) classificou os conhecimentos adquiridos de química no ensino médio como razoáveis ou péssimos. No entanto, a complexidade de conteúdo desta ciência revelou-se como a principal dificuldade encontrada pelos discentes. Cabe destacar que os dados levantados através desta pesquisa servirão como ponto de partida para a preparação dos acadêmicos do curso de farmácia do IMMES para o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE).