O artigo analisa os desafios para a construção de uma bioética clÃnica com possibilidade
de atuação em contextos interculturais e/ou interétnicos, tomando como objeto as relações
estabelecidas entre profissionais de saúde e pacientes membros das comunidades indÃgenas em
torno da implantação da PolÃtica Nacional de Atenção à Saúde dos Povos IndÃgenas. No plano
teórico são propostas duas vias para esta construção: uma de conteúdo antropológico centrada
em noções fundamentais de Antropologia da Saúde; outra de filosofia moral centrada na teoria
da ação comunicativa e na ética da discussão de Habermas. No plano prático, são propostos
cursos de especialização contemplando os conteúdos teóricos defendidos e uma urgente reforma
curricular dos cursos de graduação na área da saúde.