DESCONSTRUÍNDO A INDÚSTRIA: a indústria cultural como engodo às massas

ITINERARIUS REFLECTIONIS

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ISSN: 1807-9342
Editor Chefe: José Sílvio de Oliveira
Início Publicação: 31/12/2004
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Educação

DESCONSTRUÍNDO A INDÚSTRIA: a indústria cultural como engodo às massas

Ano: 2010 | Volume: 1 | Número: 8
Autores: Sinara Rosa Carvalho e SILVA
Autor Correspondente: Sinara Rosa Carvalho e SILVA | [email protected]

Palavras-chave: Indústria cultural, massa, ideologia, educação.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente texto é uma reflexão sobre a manipulação ideológica exercida pela
Indústria Cultural sobre às massas. Tal conceito foi cunhado por Adorno e Horkheimer, em
Dialética do Esclarecimento de 1947. Para os frankfurtianos indústria cultural é mecanismo
ideológico manipulador, que inculca valores e ideais através das informações que veicula,
servindo de engodo às massas, manipulando-as, ainda que de modo imperceptível às mesmas.
Via indústria cultural, a coisa em si não é dada, mas imagens agregadas ao consumo de
determinado item, um sistema de sinais que manipula as consciências. Portanto, o espírito da
indústria cultural é ideologia, estratégia para a dominação. Seus produtos e informações
manejam as motivações, os desejos e os esforços. Por conseguinte, os sujeitos, reduzidos em
massa à consumidores, enredam-se num decurso de engano permanente. Adorno (2000)
entende que o processo educativo há que se opor aos instrumentos dessa ordem existente. O
autor reflete sobre uma educação, que ocorreria em todas as instâncias da vida, e seria
emancipadora, contrária à semiformação barbarizante.



Resumo Inglês:

This paper presents a consideration about ideological manipulation exerted by the
Cultural Industry on the masses. Such concept was coined by Adorno and Horkheimer, in
Dialectic of the Clarification, 1947. For the Frankfurtians, cultural industry is an ideological
manipulative mechanism, that implant values and ideals through the information that it
conveys , serving as a decoy to the masses, manipulating them, though in an imperceptible
way to the same ones. Through the cultural industry, the thing in itself is not given: instead,there are aggregate images to the consumption of determined items, a system of signals that
manipulates the consciences. Therefore, the spirit of the cultural industry is ideology, strategy
for domination. Its products and information keep under control the motivations, the desires
and the efforts. Therefore, the individuals, reduced in mass to consumers, are tangled in a
continuous permanent deceit. Adorno (2000) understands that the educative process has that
to oppose itself to the instruments of this existing order. The author reflects on an education,
that would occur in all the instances of life, and that would be emancipative, contrary to the
barbarizing semi-formation.