Introdução: Os colesteatomas são lesões cÃsticas destrutivas que acometem qualquer área pneumatizada do osso
temporal. Podem causar complicações intracranianas e extracranianas.
Objetivo: Documentar os pacientes com otite média crônica colesteatomatosa complicada, que foram internados
na enfermaria de otorrinolaringologia do Hospital das ClÃnicas de São Paulo, entre os anos de 2001
e 2008.
Método: Estudo retrospectivo envolvendo 34 pacientes com otite média crônica colesteatomatosa complicada
que foram internados na enfermaria de Otorrinolaringologia do Hospital das ClÃnicas da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo no perÃodo de 2001 a 2008.
Resultados: A idade dos pacientes variou de 7 a 83 anos, com predominância do sexo masculino (76%). As
complicações extracranianas foram mais freqüentes do que as complicações intracranianas, e alguns
pacientes apresentaram os dois tipos de complicação. Todos os pacientes receberam antibiótico
endovenoso, e apenas um paciente não foi submetido a procedimento cirúrgico. Nenhum paciente
foi a óbito, e no acompanhamento por seis meses não ocorreram seqüelas neurológicas incapacitantes.
Conclusão: O tratamento precoce e agressivo das otites médias crônicas colesteatomatosas complicadas diminui
a morbimortalidade da doença.
Introduction: Cholesteatomas are cystic destructive lesions that affect any pneumatized area of the temporal bone.
They can cause intracranial and extracranial complications.
Objective: To register the patients with complicated cholesteatomatous chronic otitis media, who were interned
in the otorhinolaryngology nursing of the Clinical Hospital of São Paulo, between the years of 2001
and 2008.
Method: Retrospective study involving 34 patients with complicated cholesteatomatous chronic otitis media,
who had been otorhinolaryngology nursing in the Clinical Hospital of the Medicine College of the
University of São Paulo, from 2001 through 2008.
Results: The age of the patients ranged from 7 to 83 years, with predominance of the masculine sex (76%). The
extracranial complications were more frequent than the intracranial complications, and some patients
presented both types of complication. All the patients received endovenous antibiotic, and only one
patient was not submitted to surgical procedure. No patient died, and in the six-month follow-up no
incapacitating severe neurological sequels occurred.
Conclusion: The precocious and aggressive treatment of the complicated cholesteatomatous chronic otitis media
diminishes the disease morbimortality.