Descrição do quadro pronominal presente tanto nos principais compêndios gramaticais tradicionais quanto nas gramáticas de orientação linguística

Doxa: Revista Brasileira de Psicologia e Educação

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ISSN: 1413-2060
Editor Chefe: Prof. Dr. Paulo Rennes; Prof. José Anderson Santos Cruz
Início Publicação: 01/01/2000
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

Descrição do quadro pronominal presente tanto nos principais compêndios gramaticais tradicionais quanto nas gramáticas de orientação linguística

Ano: 2019 | Volume: 21 | Número: 1
Autores: Cátia Cilene Pereira Meireles Cunha, Maricineia Pereira Meireles da Silva
Autor Correspondente: Cátia Cilene Pereira Meireles Cunha | [email protected]

Palavras-chave: Quadro pronominal, Gramática normativa/descritiva, Fenômeno variável.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Dentre os fenômenos variáveis presentes no Português Brasileiro, há um que é instigante, pois, apesar de presente na oralidade da norma culta urbana, ainda não goza de franca aceitação na modalidade escrita, sobretudo a praticada no âmbito escolar: a variação nós/a gente para a expressão da primeira pessoa do plural(P4). O presente artigo apresentará a descrição do quadro pronominal do português nas gramáticas normativas e nas de orientação linguística. Também serão apresentados resultados de pesquisas sociolinguísticas sobre o uso de . Verificou-se que as gramáticas normativas não descrevem no quadro pronominal do Português Brasileiro o fenômeno variável para expressão do P4, desprestigiando o falar usual dos brasileiros. Já as gramáticas descritivas, de modo geral, conferem ao pronome inovador um status desprestigioso e informal, restringindo-o à oralidade. Tais gramáticas ignoram as pesquisas sociolinguísticas que confirmam a presença de mesmo no falar culto urbano em meios acadêmicos e padronizadores.



Resumo Inglês:

Among the variable phenomena present in Brazilian Portuguese, there is one that is intriguing, because, although present in the orality urban of the educated norm, it still does not enjoy frank acceptance in the written modality, especially the one practiced in the school context: the variation we / a gente for the expression of the first person plural (P4). This article will present the description of the Portuguese pronominal framework in normative grammars and linguistic ones. Results of sociolinguistic research on the use of will also be presented. It was found that normative grammars do not describe in the pronominal framework of Brazilian Portuguese the variable phenomenon for P4 expression, discrediting the usual speech of Brazilians. Descriptive grammars, on the other hand, give the innovative pronoun a discretious and informal status, restricting it to orality. Such grammars ignore sociolinguistic research that confirms the presence of "a gente" in urban cult talking in academic and standardizing environments.



Resumo Espanhol:

Entre los fenómenos variables presentes en el portugués brasileño, hay uno que es intrigante, porque, a pesar de presente en la oralidad de la norma culta urbana, todavía no goza de una aceptación franca en la modalidad escrita, especialmente la practicada en el contexto escolar: La variación we / a gente para la expresión de la primera persona plural (P4). Este artículo presentará la descripción del marco pronominal portugués en gramáticas normativas y lingüísticas. También se presentarán los resultados de la investigación sociolingüística sobre el uso de . Se encontró que las gramáticas normativas no describen en el marco pronominal del portugués brasileño el fenómeno variable para la expresión de P4, desacreditando el habla habitual de los brasileños. Las gramáticas descriptivas, por otro lado, le dan al pronombre innovador un estatus de desprecio y no formal, restringiéndolo a la oralidad. Tales gramáticas ignoran la investigación sociolingüística que confirma la presencia de "incluso personas" en el culto urbano que habla en entornos académicos y de estandarización.