Desejo, Vontade, nada: de Schopenhauer a Freud, Freud com Schopenhauer
Revista Psicologia em Pesquisa
Desejo, Vontade, nada: de Schopenhauer a Freud, Freud com Schopenhauer
Autor Correspondente: G. H. Dionisio | [email protected]
Palavras-chave: Desejo; Vontade; Nada; Freud; Schopenhauer.
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
O artigo visa estabelecer uma articulação entre as categorias de Vontade – referida à filosofia da Schopenhauer – e de desejo – recuperada desde o Wunsch proposto por Freud em seu Projeto para uma psicologia científica –, para, com isso, refazer o caminho percorrido por eles e indicar sua lógica interna diante de outra categoria: o nada, a elas intimamente ligada. Concluímos que há maior solidariedade entre elas do que se supõe, pois, se a Vontade é “sem extensão” e se o desejo é uma ficção cuja mecânica exige alívio, então sua própria satisfação seria uma negação interna da Vontade.
Resumo Inglês:
The article aims to establish an articulation between the categories of Will - referred to Arthur Schopenhauer’s philosophy - and desire - recovered from the Wunsch proposed by Freud in his Project for a scientific psychology - in order to retrace their path and to indicate their internal logic in the face of another category: nothingness, internally linked with them. We conclude that these concepts seem to be more intimate than it is supposed, because if Will is "without extension" and desire is a fiction whose mechanics demand relief, then its own satisfaction would be an inner denial of the Will.
Resumo Espanhol:
El artículo intenta establecer una articulación entre los conceptos de Voluntad - referido a la filosofía de Schopenhauer - y de deseo - recuperado desde el Wunsch propuesto por Freud en su Proyecto para una psicología científica. Intentamos rehacer el camino para indicar su lógica interna frente a otra categoría: la nada, íntimamente ligada. Llegamos a la conclusión de que voluntad, deseo y nada parecen ser más íntimos de lo que se supone, pues si la Voluntad es "sin extensión" y el deseo una ficción cuya mecánica exige alivio, entonces la propia satisfacción sería una negación interna de la Voluntad.